Luta dos Professores/Educação (Pela Greve)
O estado de São Paulo tem sofrido ataques constantes por parte dos governos por anos, onde esses governos tem sucateado o ensino publico, tudo em nome de uma lógica que favoreça as grandes corporações da educação, ajudando o sistema privado de ensino e enfraquecendo o público, esses ataques contra professores, alunxs, funcionárixs e todo o corpo de trabalhadores das escolas tem sido sistemático e não apenas erros de administração. Todo o enfraquecimento das estruturas públicas e os baixos salários pago ao ensino público, fazem com que as empresas privadas precisem pagar aos seus funcionários muito menos, pois o público estabelece padrão das estruturas do ensino.
Nessa lógica de sucateamento do ensino público, direitos adquiridos tem sido perdidos, trabalhadores dividos em categorias, professores colocados em situação de semi escravidão, sem direito a fundo de garantia, férias e décimo terceiro, como no caso dos professores categoria O, que ainda após o término de seu contrato tem que ficar 200 dias sem trabalhar, um grande esquema para não criar vínculo empregatício, temos também o caso de terceirização dos serviços internos e acumulo de funções em todos os setores, temos tambem o fato de poucas escolas públicas terem sido construídas nas últimas décadas no estado.
Se isso tem ocorrido ano após ano, por que não houve uma resposta dos trabalhadores da educação?
Isso aconteceu por causa que a nossas ferramentas de luta mais importante, que seriam os sindicatos, estruturas criadas pelos trabalhadores para combaterem a exploração da patronagem, acabaram por serem cooptados pela política partidária, que começou com Vargas utilizando de verbas públicas para financiamento e também um processo de legalização dos sindicatos existentes, fazendo com que as demandas agora fossem controladas pelo governo e como o governo é controlado pelo sistema econômico consequentemente o sindicato se tornou uma ferramenta agora controlada pelos patrões, mudando todas as suas características ao londo dos anos, se tornando cada vez mais em um instrumento de desmobilização do que luta.
Toda essa cooptação fez com que os sindicatos tivessem derrotas atrás de derrotas, greves com fim programado, direito de trabalhadores perdidos, se distanciando cada vez mais da classe, ou seja os educadores, se tornando um local hierarquizado, controlado por uma parcela que só almeja o poder, como presidentes e conselheiros de sindicato, cargos que servem apenas para manipular a massa dos trabalhadores, levando as mobilizações sempre para onde querem, acordos com os patrões, fazendo
com que mais e mais educadores, percam o interesse e deixem de acreditar que através da união e luta é possível mudar nossas condições de vida.
Porém agora estamos em uma frente única, as condições de trabalho se tornaram insustentáveis, aulas que antes existiam aos montes agora restam migalhas, mais 20000 professores categoria O demitidos, professores efetivos que estavam anos em um local agora tendo que dar aulas em mais de uma escola novamente, estáveis sem garantias de aulas, salas superlotadas, violência em sala de aula, escolas arcaicas, uma das áreas que mais afasta por doença, aposentados que não conseguem se aposentar tendo que ficar em sala de aula mais tempo que os serviços prestados, tudo isto faz com que os alunos as maiores vítimas fiquem cada vez mais mais defasados, despreparados e com menos oportunidades para o mercado de trabalho.
Agora é a hora certa de nos unirmos, organizarmos, não só os profissionais da educação, mas também a sociedade, voltarmos a nos fortalecer por baixo, para que aí quando for necessário, independente de sindicatos pelegos, que com certeza irão passarmos por cima de suas decisões e continuarmos a luta firmes, nos apoiando na resolução que só os trabalhadores sabem de suas condições de trabalho, e segurarmos uma possível greve que estar por vir, um direito garantido na constituição e única forma de luta contra um governo que não negocia, passa por cima de decisões da justiça e leis e tem destruído a educação ao longo dos anos, façamos como os professores do Paraná e dos garis do Rio de Janeiro, onde não arredam e arredaram suas forças enquanto suas exigências não forem cumpridas, façamos como o Chile que após uma luta encabeçada pelos estudantes e apoiada pela sociedade conseguiu sair da lógica liberal de ensino e aprovar um ensino verdadeiramente público, para aqueles que pedem mais educação, agora é hora de lutar e se juntar, venha para a rua e nos ajude a começar a buscar mais dignidade de trabalho e qualidade de ensino para todos.
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