Dia 12 de junho acabou-se a greve dos professores, professores esses que por mais tenham tomado porradas tanto do governo Alckmin como do sindicato, se mantiveram firme até o limite de suas forças, com promessas de conquistas nem que mínima fossem como o ultimo golpe para por o fim da greve, porém como nos encontramos hoje?
Mais de 2 meses e meio depois, NADA do que foi prometido como possível negociação, está sendo cumprido, novamente estamos sendo enrolados por esse governador que vive na ilegalidade, pois nem o aumento obrigatório do dissidio esta sendo cumprido, nem data base que era em março e muito menos a lei do piso estão sendo praticados, aí vemos a APEOESP, o maior sindicato da CUT que arrecada minimo de R$30 milhões por ano, não fazer nada, reféns de uma politica de destruição da luta dos professores, que sabota a greve, pois como foram perdendo o controle dela, fizeram o que sindicalistas burocratas fazem de melhor, acabaram com a mesma destruindo aos poucos e esvaziando ela ao máximo, com táticas sujas, como em épocas que a greve estava no auge, conselheiros de subsedes já dando a greve como morta e nas assembleias e suas escolas fazendo com que os professores saíssem da greve, sem contar os locais que eles nem mandavam verba para o ônibus trazerem os professores para a assembleia, sem contar que novamente chamaram a greve sem construir primeiro com os professores nas escolas a greve e com o nosso histórico de corte de ponto por parte dos governos de São Paulo, um FUNDO DE GREVE, algo mais que necessário para a manutenção da luta, e ainda o minimo de verba que possuía, eram priorizados panfletos e propagandas inúteis e contar Conselhos Regionais feitos sempre num dos Buffets mais caros da Av. Paulista, culminando na ultima Assembleia Estadual o ataque aos professores por seguranças contratados aos professores ali presentes.
A maior greve da história de São Paulo com 92 dias de duração, foi construída com muita luta e esforço dos professores de BASE, que estavam no chão, qualquer que fosse as chapas 1, 2, 3 e 4, com todos os vícios da burocracia que atrasaram e minaram nossa luta e a greve, com seus discursos derrotistas e sua falta de preparo para uma jornada que todos sabíamos que seria extremamente difícil, nenhum governo desde sempre, seja PT, PSDB, PMDB e qualquer partido que seja, estão preocupados com a população, desde sempre destroem a educação publica por suas politicas completamente voltadas para as grandes corporações e bancos, isso não é só um problema da educação mas de todos os serviços gratuitos e públicos, nós professores, como trabalhadores da educação devemos nos unir e tomar para nós como já começamos a luta das mãos desse sindicato sujo, que usa o salario pago dos dias parados como vitória (corte que nem deveria existir por ser inconstitucional), devemos intensificar cada vez mais a nossa autonomia, começar a bater de frente com essas politicas vindas da Secretaria da Educação que de nada entendem a realidade das escolas publicas, em cada ATPC, em cada Reunião de Pais, em cada vez que supervisores que não pisam em uma sala de aula quererem nos ensinar como lidar com alunos e impondo politicas que visam apenas números pra maquiar nossa situação, como SARESPs da vida e vender apostilas em esquemas com editoras, denunciar as escolas que estão caindo aos pedaços, mostrar sempre que possível o descaso para os pais sobre a situação que seus filhos tem que aprender, mostrando que salas com mais de 40 alunos é de extrema dificuldade qualquer coisa ser aprendida, nossa luta tem que voltar para nossas mãos, parar de vestir essa ideia de intelectual, e vestir sua roupa como trabalhador que está na vanguarda para a construção de um país melhor, aquele que lida com os jovens mais carentes de oportunidades, que deve lutar por sua dignidade com cidadão, ver que seu inimigo não é o aluno mais sim governos, corporações, bancos e sindicatos que nos atrasam.
Venho por aqui também pedir desculpas a meus alunos, pois as politicas que serão despejadas neles nos próximos anos, serão avassaladoras, tentamos de todas formas possíveis mostrar o caos que vivemos nas escolas, mas só vemos o silencio da sociedade, o boicote do sindicato, a manipulação da mídia e a brutalidade de todos os governos do país perante a educação pública, peço desculpas a todos companheiros de luta que estiveram conosco nessa greve, por termos conquistado ainda, NADA nessa greve, nos fizeram sangrar literalmente nesses meses iniciais, vimos nessa luta o lado mais sujo do ser humano, um sindicato mafioso que deveria nos dar respaldo mas apenas serve de trampolim politico e arrecadação de dinheiro que chega ao ponto de usar de bate paus para bater em professores e ameaça-los de morte, que apenas desmobiliza ano após ano não fazendo nada de sua obrigação, que era CONSCIENTIZAÇÃO DOS PROFESSORES e toma para si um instrumento tão importante de luta que é a greve e a destrói, um governo fascista que sucateia ao máximo nossas escolas e trabalho, uma mídia nojenta que apenas nos desinforma, nós estamos chegando ao fundo do poço, mas temos que resistir, nossa luta tem que ser forte, até contra nosso descredito, uma luta por mudanças, para trazer de novo uma perspectiva para todos nós, uma luta CONTRA O CAPITALISMO e essa politica liberal, contra essa reforma do ensino médio, contra governos e sindicatos que nos atrasam, denunciando o descaso nas escolas, o assedio moral, lutando de frente contra esses capachos burocratas como dirigentes e supervisores que de nada entendem na educação, lutando por uma educação mais livre, sempre tentando acabar com esse formato que apenas atrasa nossa sociedade, com a frase que usamos bastante nessa greve. POR UMA ESCOLA QUE NOS ENSINE A PENSAR E NÃO A OBEDECER, não desistiremos jamais.
Dia 15/10 é importante que construamos atos fortes, por todo país, com pais, mães, avós, avos, tios, tias, alunos, sociedade, movimentos sociais e por todos aqueles que se dizem importar com o futuro da educação, para mostrar todo o descaso que nos atinge e que ainda temos folego para lutar contra todos esses tiranos que veem em nós apenas números e peças de seu jogo particular para arrecadar dinheiro, lucrando com nosso sofrimento e morte.
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